Notícias sobre agronegócios, agricultura, pecuária e meio ambiente - 02 de Novembro de 2019
19/07/2013 - 16:52

Cavalgada em Minas Gerais remonta a história da raça Campolina

Poucas raças no mundo têm uma história emocionante e um grande legado deixado à modernidade como o Cavalo Campolina
Em três de viagem, um grupo de cavaleiros percorrerá um  trecho de aproximadamente 110 Km da Estrada Real para celebrar um dos legados mais importantes deixados por Cassiano Antônio da Silva Campolina. Esta é a famosa Cavalgada Histórica do Cavalo Campolina, que ocorre há 33 anos e deve reunir pouco mais de 60 participantes.  

O trajeto começa em Barbacena (MG), a "Cidades das Rosas" como é conhecida, no dia 25 de julho, passando por Carandaí, Conselheiro Lafaiete, Queluzito, Buarque de Macedo até a famosa Entre Rios de Minas, onde estão a Fazenda do Tanque, propriedade fundada pelo patriarca da raça, e também o Hospital Cassiano Campolina, cujo nome transcende gerações. 

Pelo caminho, três haras abrirão as porteiras para receber a comitiva com muita festa, alegria e moda de viola. O ponto de partida será no Haras do Atalho.No da seguinte, o grupo parte logo cedo com destino à Carandaí (MG), onde estão lindas igrejas datadas do século 18, nos moldes da arquitetura barroca. Após breve travessia pela cidade, seguirão para o Haras Lagartixa, em Conselheiro Lafaiete (MG). No dia 26 de julho, o grupo cavalgará até Queluzito (MG), passando pelo trecho considerado um marco no surgimento do Campolina, a Linha Férrea de Queluz, atual Conselheiro Lafaiete. 

Diz a história, que na época de sua inauguração, Cassiano foi encarregado pelo Partido Cristão de organizar uma cavalhada (disputa folclórica de origem medieval entre mouros e cristãos),  em homenagem ao Imperador Dom Pedro II, que estava presente. Justamente naquele dia, pela primeira vez, a tão esperada vitória dos cristãos acabou não acontecendo.

Cassiano era um homem de exímia inteligência e o melhor criador de cavalos da região, mas, ferido pelo orgulho, desceu de seu cavalo e, diante do Imperador, assumiu responsabilidade pela derrota e prometeu a vitória numa possível revanche. Desde de então, passou a selecionar animais de maior porte e agilidade, destinados a tração e montaria para atender não só as cavalhadas, mas também as demandas existentes na época. Foi desse trabalho, após cruzamento entre várias raças, que nasceu o Cavalo Campolina, genética preservada e trabalhada até os dias de hoje, em várias partes do Brasil.

 Na manhã do dia seguinte, a comitiva parte para seu destino final: a cidade de Entre Rios de Minas, tendo como ponto de chagada o Hospital Cassiano Campolina, grande legado deixado pelo patriarca da raça à modernidade, O cidade também é guardiã da  Fazenda do Tanque, local de nascimento do lendário Monarca e seus descendentes, que deram origem ao Campolina.
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