Notícias sobre agronegócios, agricultura, pecuária e meio ambiente - 20 de Setembro de 2013
16/09/2013 - 14:38

Fazenda da Aeronáutica é referência na produção de leite e suínos

90% de todo o leite (e seus derivados) que é produzido na Fazenda é vendido para unidades da Força Aérea Brasileira e 10% é vendido no mercado de Pirassununga/SP e região.

Você sabia que existe uma unidade da Força A?rea Brasileira na qual trabalham cinco m?dicas veterinárias? E que elas são responsáveis por 200 vacas leiteiras e cerca de 3 mil suínos? Não? Estamos falando da Fazenda da Aeronáutica de Pirassununga (tamb?m conhecida como FAYS), que fica junto à Academia da Força A?rea ?– AFA.

?Mas claro que não são apenas essas cinco m?dicas veterinárias que trabalham lá. Na verdade, são 105 militares e 80 civis que atuam desenvolvendo as atividades na FAYS e, sinceramente, não são poucas!!!

?A Fazenda ? uma Organização Militar (OM) com autonomia administrativa, subordinada diretamente ao Comando da Academia da Força A?rea. Sua história começa no ano de 1942, quando o então Ministro da Aeronáutica, Joaquim Salgado Filho, em ofício de nº G/213, de 7 de novembro daquele ano, fazia uma exposição de motivos ao Presidente da República, Getúlio Vargas, sobre a necessidade de um local para a implantação de uma nova e definitiva Sede da Escola de Aeronáutica, em substituição àquela existente no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro.

?Após outros tramites burocráticos e políticos, a Fazenda tornou-se um estabelecimento agropastoril com a finalidade de suprir as Unidades Militares e as famílias dos funcionários, civis e militares nela estabelecidos. Al?m disso, a FAYS possui uma s?rie de outras atribuições:

?? ? ? ? ? ???– A vigilância e a manutenção produtiva das áreas por ela ocupada;

?? ? ? ? ? ???– As atividades agrícolas, pecuárias, extrativas, industriais e comerciais, necessárias ou consequentes à produção;

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??????????? ?– O suprimento da Guarnição da Aeronáutica de Pirassununga com gêneros de sua produção;

?? ? ? ? ? ??- O abastecimento do pessoal civil e militar da Guarnição atrav?s de um serviço de Reembolsável; e

?? ? ? ? ? ??- A comercialização do excedente da produção no mercado local.

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A Divisão de Produção

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A Divisão de Produção ? responsável pela elaboração, aplicação, acompanhamento e controle dos planos agrícola, pecuário e industrial dos diversos produtos da FAYS, bem como pela sua comercialização. E os números impressionam! A Fazenda possui 6.503 hectares de área total, com 1.500 hectares cobertos por mata de preservação permanente. Al?m disso, sua produção alimenta mais de 20.000 homens e abastece todas as unidades do Quarto Comando A?reo Regional (IV COMAR).

?Os civis e militares que trabalham lá são responsáveis pela seguinte produção:

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??????????? ?– 2.000 litros de leite por dia;

??????????? ?– 240 suínos (m?dia) abatidos por mês;

??????????? ?– 4 mil p?s de laranja cultivados;

??????????? ?– 200.000 toneladas de cana-de-açúcar; e

??????????? ?– 2.000 toneladas de grãos (tais como milho, arroz, feijão e soja) por ano.

?Ao todo, 25 pessoas trabalham na produção de leite, iogurte, queijo e doce de leite. Então, são 18 civis e 7 militares, dos quais 3 m?dicas veterinárias (a 1º Tenente Luciene e as 2º Tenentes Camila e Camila Noia). As três veterinárias da FAYS são responsáveis pelo gerenciamento do sistema de produção de leite, que envolve 200 vacas. Se você nunca ouviu falar no assunto, não se preocupe. Vamos explicar tudo?…

?As 200 vacas que comentamos anteriormente são da raça holandesa, que ? a raça com a melhor aptidão para a produzir leite. Elas são criadas no Sistema de Semi Confinamento Free Stall, o que permite aos animais gastar pouca energia, al?m de receber vários cuidados relativos ao seu conforto t?rmico e outros. O seu manejo (tratamento, prevenção de doenças e alimentação) tamb?m recebe atenção especial por parte dos militares e civis da FAYS, assim como o processo de melhoramento gen?tico da raça. Todos os animais são inseminados artificialmente, com sêmen de touros americanos e canadenses.

?Al?m disso, no Sistema Free Stall, cada vaca tem uma ?“cama?” própria, onde recebem alimento (silagem com suplementos alimentares) três vezes ao dia. Trata-se de uma dieta balanceada, tudo elaborado para produzir o melhor leite possível. Em m?dia, cada vaca produz 25 litros de leite por dia, mas algumas chegam a produzir 45 litros. Para chegar nessa quantidade, as vacas são ordenhadas três vezes por dia.

?Todo esse tratamento diferenciado que os animais recebem das m?dicas veterinárias e sua equipe ? necessário, pois são muitos detalhes que influenciam tanto na quantidade quanto na qualidade final do leite produzido. Você sabia que o leite produzido na FAYS ? tipo A, o melhor que existe?!!!

?Já a ordenha ? feita de uma maneira mecanizada e ocorre da seguinte maneira: a vaca ? conduzida da sua ?“cama?” at? um local chamado de sala de espera (aqui a vaca aguarda at? a sala de ordenha estar disponível, comportando o máximo de 12 vacas); uma vez disponível a sala de ordenha, a vaca ? conduzida para dentro; já na sala, uma máquina que ? chamada de ?“teteira?” ? acoplada nas tetas das vacas e essa máquina realiza todo o processo de ordenha, retirando o leite. A ordenha em si dura apenas sete minutos.

?O leite

?Na sequência, o leite ? encaminhado para o laboratório do laticínio, onde passa pelo controle de qualidade. Esse laboratório ? inspecionado pelo Serviço de Inspeção Federal ?– SIF, do Minist?rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ?– MAPA. Isso permite que os produtos sejam distribuídos em todo Brasil.

?O leite ainda passa por outros processos antes de ser envasado ou ser destinado à produção de iogurte, queijo ou doce de leite (último lançamento da FAYS!!!).

?90% de todo o leite (e seus derivados) que ? produzido na Fazenda ? vendido para unidades da FAB e 10% ? vendido no mercado de Pirassununga/SP e região.

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O iogurte

?O iogurte produzido na Fazenda ? disponibilizado nos seguintes sabores: coco, ameixa, morango e natural. E em garrafas de 180g ou 900g. São fabricados, em m?dia, 3 mil litros de iogurte por semana.

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Em breve, fertilização in vitro!

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O trabalho realizado no setor tem reconhecimento e respeito, tanto ? que a Fazenda tem uma parceria com a Universidade de São Paulo ?– USP. Em alguns dias, alunos de cursos de graduação e pós-graduação em Veterinária vão at? a Fazenda, onde participam de aulas práticas, como o exame de ultrassom nas vacas.

?A FAYS tamb?m investe na capacitação e especialização de seus funcionários, o que permitirá implantar a fertilização in vitro (em regime de parceria com a USP), após conclusão de mestrado em Reprodução Animal de uma das veterinárias, a Tenente Camila.

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??“? muito gratificante trabalhar aqui na Fazenda, pois eu faço o que eu gosto, estou em contato direto com os animais e a natureza e, ainda assim, sou militar?”, afirma a Tenente Veterinária Camila Noia.

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Suinocultura

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Já na área da suinocultura, atuam 10 pessoas: 8 civis e 2 militares. A chefe do setor ? a 2º Tenente Veterinária Mariana. Ela e sua equipe são responsáveis pela gerência de cerca de 3 mil suínos. Mas você sabe como eles são criados? Vamos explicar.

?Inicialmente, as chamadas ?“matrizes?” (suínos fêmeas) são inseminadas artificialmente pelos trabalhadores da granja. Após isso, ocorre o seguinte processo:

?Gestação: o nome já diz tudo. O tempo de gestação das matrizes suínas ? de três meses, três semanas e três dias. Quando estão nesse setor da granja, as matrizes recebem muita atenção da equipe de trabalho, justamente em função da gestação. Cuidados com a temperatura, alimentação e bem-estar são essenciais.

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Maternidade: logo após nascerem, os leitões (suínos pequenos, rec?m nascidos) ficam durante 21 dias com a matriz, mamando at? alcançar, em m?dia, o peso de 8kg. Os cuidados com a temperatura e alimentação continuam os mesmos. Al?m de poderem se aquecer junto à mãe, os pequeninos podem se aquecer no escamoteador (local fechado e com uma luz para aquecimento).

?Creche: após a maternidade, os leitões são encaminhados para a creche, onde ficam durante 50 dias, at? atingir, em m?dia, o peso de 40 kg.

?Engorda: na sequência, os suínos vão para as baias de engorda, onde ficam por 79 dias, at? atingir, em m?dia, 100 kg.

?Abate: após todos os processos anteriormente comentados, durante os quais os suínos recebem diversos cuidados por parte da veterinária e da equipe de trabalho, al?m de ração especialmente preparada de acordo com a fase de crescimento, eles são levados para o frigorífico onde serão abatidos.

?? importante ressaltar que todo o processo de criação dos animais ? realizado utilizando práticas de bem-estar animal. Nas fases de creche e engorda, por exemplo, os leitões ficam em uma cama sobreposta, que tem um piso que ? composto de feno, o qual possibilita uma melhor qualidade de vida, pois não machuca as articulações dos animais, não causando problemas de artrite.

?O melhoramento gen?tico tamb?m está presente na suinocultura, a exemplo da bovinocultura de leite. As fêmeas que são inseminadas (matrizes) e os machos nos quais são coletados seu sêmen (cachaços) vêm de uma linhagem própria para a reprodução. ?“Realizamos a coleta do sêmen e a inseminação artificial na própria granja. A troca do plantel (matrizes) ocorre sucessivamente ao longo do período que a fêmea baixa sua produtividade. Isso ocorre, em m?dia, após o 8º parto. E, no caso dos machos (cachaços), isso ocorre quando a qualidade de seu sêmen diminui?”, explica a Tenente Veterinária Mariana, que ? do Quadro de Oficiais Convocados, assim como as demais m?dicas veterinárias.

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Frigorífico e fábrica de ração

?A Chefe desses dois setores ? a 2º Tenente Veterinária Cinthia Faustini. No frigorífico atuam 12 pessoas, sendo 5 militares e 7 civis. Já na fábrica de ração, atuam 2 civis e 3 militares.

? ?A fábrica de ração produz 75% da alimentação que ? consumida pelos suínos e 75% da silagem que ? a alimentação dada às vacas.

? ?Já o frigorífico abate 35 suínos por dia, duas vezes por semana. Ele tamb?m pode abater as vacas, quando necessário.

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Ração operacional

?Toda a ração operacional utilizada pela FAB ? embalada na FAYS. As rações do tipo R2A, R4B e R4C são consumidas em exercícios operacionais, disponibilizadas a bordo de aeronaves ou, ainda, consumidas pelos militares quando estão em operações reais, como as de ajuda humanitária.

?Fonte: Blog Aeronáutica

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