No Mato Grosso do Sul, a exportação de soja do 1º semestre supera todo ano de 2012.
Segundo informações do Canal do Produtor, Mato Grosso do Sul exportou no primeiro semestre desse ano aproximadamente 1,6 milhões de toneladas de soja em grão. O volume é 15% superior ao exportado em todo o ano de 2012, quando foi encaminhado para outros países o equivalente a 1,3 milhões de toneladas. A análise técnica e econômica foi divulgada pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (SIGA), nessa segunda-feira (15).
De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul - Famasul, a quebra na safra dos Estados Unidos é o principal motivo do acúmulo da oferta sul-mato-grossense. “Com a quebra da safra dos Estados Unidos no ciclo passado, outros países, principalmente a China, tiveram de buscar alternativas para a compra da soja”, avalia a economista do Sistema Famasul, Adriana Mascarenhas. “Para o aumento das exportações também contamos com a alta demanda do mercado chinês e maior disponibilidade de grãos brasileiros”, acrescentou.
As exportações em grande escala no primeiro semestre de 2013 acumularam receita de US$ 845 milhões, 18% superior à receita acumulada em todo ano passado, quando foi registrado o faturamento de R$ 705,1 milhões.
Os dados do Siga também apontam que os sojicultores de Mato Grosso do Sul também foram privilegiados no mês de julho. Durante o mês o preço da saca de 60 kg da soja variou positivamente em média 3,22%, alcançando preço médio de R$ 60,19, com maior alta registrada na praça de Caarapó, onde a cotação atual é de R$ 60,50.
O mercado chinês foi o principal responsável pelo acréscimo nas exportações de soja do estado em 2013, representando 84% do total exportado, volume de 1,3 milhões de toneladas. Em segundo lugar no ranking de exportações nesse mesmo período ficou a Hollanda, que comprou 7% da soja do (MS), o que representa 114 mil toneladas da oleaginosa.
Os números das exportações demonstram que Mato Grosso do Sul, assim como os demais estados que comercializam soja, depende diretamente do andamento da economia chinesa. Segundo a Famasul, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) busca novas alternativas de mercado para diversificar os compradores e diminuir a dependência da China.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS), Almir Dalpasquale, os agricultores do Estado tiveram sucesso na estratégia de armazenamento. “Na expectativa por melhores preços, os produtores seguram os grãos e venderam em momento oportuno, quando os Estado Unidos já não tinha mais oferta. O ocorrido confirma o grau de informação dos produtores, que devem sempre estar atentos aos números do mercado e ao que ocorre no cenário internacional”, afirma Dalpasquale.