Notícias sobre agronegócios, agricultura, pecuária e meio ambiente - 30 de Abril de 2014
22/04/2014 - 15:32

País deve manter cautela com possível abertura dos EUA à carne brasileira

A abertura do mercado americano para a carne bovina in natura do Brasil fica próxima, com o término da consulta pública nos Estados Unidos sobre o assunto.
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Carne bovina com osso
Os responsáveis que acompanham o tema mostram otimismo com cautela quanto à perspectiva de o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) permitir a importação do produto brasileiro, mesmo não havendo uma data definida para que a abertura seja determinada. No final de dezembro, o Serviço de Inspeção Animal e Vegetal (Aphis) do USDA colocou em consulta pública, por 60 dias, uma proposta que permite a importação de carne bovina in natura de 14 Estados brasileiros. O período de comentários foi estendido no fim de fevereiro por mais 60 dias, o prazo pedido em carta por oito senadores.

Em correspondência enviada em janeiro ao secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, os senadores mostraram preocupação de que a entrada da carne bovina in natura brasileira no mercado americano possa levar a febre aftosa de volta ao país.

A questão aparece em muitos dos 710 comentários feitos na consulta pública, como a necessidade de preservar o mercado para os produtores americanos de carne bovina. "Acredito na abertura do mercado no curto ou m?dio prazo", afirma.

Não há, uma definição sobre o assunto por parte do USDA. O alto número de comentários pode fazer o veredicto do governo americano levar mais tempo. Na proposta do Aphis, há uma perspectiva de que as importações de carne bovina in natura brasileira devem ficar entre 20 mil e 65 mil toneladas por ano, com os volumes atingindo em m?dia 40 mil toneladas.

Se prevalecer esse número m?dio, as importações totais de carne bovina pelos EUA aumentariam em menos de 1%. As projeções consideram o intervalo de 2014 a 2018. Este mês Marcelo Junqueira, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Minist?rio da Agricultura, e Caio Rocha, secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo do minist?rio, reuniram-se em Washington com Michael Scuse, secretário para Produção e Serviços Exteriores do Departamento de Agricultura dos EUA.

De acordo com nota da Pasta, "os secretários consolidaram entendimentos sobre as etapas remanescentes" das negociações para o acesso da carne bovina brasileira aos EUA. "As partes reiteraram que, nos próximos meses, o processo deverá ser concluído sem maiores demoras para publicação da versão final do regulamento", diz o texto.?

Os Estados em análise são Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.?

No dia 18 de dezembro do ano passado, Brasil e EUA divulgaram uma declaração conjunta, com um entendimento para aumentar o com?rcio de carne bovina in natura entre os dois países. A entrada nos EUA tamb?m ? vista como positiva pelo Brasil porque pode ajudar o produto brasileiro a entrar em outros mercados.?

Na proposta para permitir a importação da carne brasileira in natura, o Aphis relata que revisou o programa de controle e erradicação da febre aftosa durante suas visitas ao Brasil em 2002, 2003, 2006, 2008 e 2013, afirmando que ele ? eficaz no âmbito local e nacional. De acordo com o órgão americano, o Minist?rio da Agricultura brasileira pode detectar a doença rapidamente, limitando a sua difusão e relatando a questão de imediato. Isso teria ficado evidente nos episódios ocorridos em 2005 e 2006, quando os casos foram identificados com rapidez, a doença foi contida e as autoridades internacionais foram notificadas em tempo adequado para tomar providências.
Valor Econômico
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