15/04/2014 - 17:32

Falta de gás pode parar térmicas de Cuiabá e Uruguaiana

Em meio à crise energética dos dias atuais, as duas térmicas acionadas em caráter emergencial, Cuiabá (Termelétrica Mário Covas) e Uruguaiana, estão sem produzir um megawatt sequer desde o início do mês, por falta de suprimento de gás natural, combustível utilizado pelas usinas.

Com a interrupção da geração das t?rmicas, o Sistema Interligado Nacional (SIN) deixa de receber 730 MW m?dios, volume que acaba se traduzindo em um consumo elevado de água dos reservatórios hidrel?tricos do país.

Conforme os dados do Operador Nacional do Sistema El?trico (ONS), a termel?trica de Uruguaiana, que fica localizada na fronteira com a Argentina e que pertence à norte-americana AES, está sem produzir energia desde o dia 06 de abril. Com capacidade instalada de 640 MW, a usina estava prevista gerar 240 MW m?dios.

De acordo com a AES Uruguaiana, a usina já consumiu toda a primeira carga de gás recebida pela empresa. "A t?rmica vai retomar seu funcionamento assim que a segunda carga de combustível estiver disponível", afirmou a companhia ao Valor Econômico.

Ainda de acordo com o Valor Econômico, a Petrobras informou que o segundo volume de gás natural (GNL) adquirido para abastecer a usina está pronto para ser descarregado, mas por questões climáticas e de logística na Argentina, ainda não foi possível atender a usina.

A t?rmica Mário Covas, tamb?m chamada de Cuiabá, a Petrobras ? dona da usina. De acordo com a companhia, a t?rmica está fora de operação desde 28 de março devido ao t?rmino do contrato de fornecimento de gás natural de curto prazo assinado com a estatal boliviana YPFB.?

Em fevereiro, as duas empresas haviam fechado contrato de compra e venda adicional de 2,2 milhões m³ diários de gás natural para abastecer a termel?trica. O contrato tinha prazo de 20 dias, com possibilidade de prorrogação.

A t?rmica de Cuiabá estava produzindo 490 MW m?dios de energia desde meados de fevereiro, mas sua capacidade ? de 530 MW. O gás natural importado do país vizinho era fornecido atrav?s de um ramal do gasoduto Brasil-Bolívia, que desemboca na capital do Mato Grosso.

A t?rmica de Uruguaiana foi acionada por determinação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, no dia 25 de fevereiro com base em avaliação realizada pelo Comitê de Monitoramento do Setor El?trico (CMSE) no mesmo mês. O objetivo ? que a usina produza energia em março e abril.

No ano de 2013, as duas t?rmicas tamb?m foram acionadas em regime de urgência devido à situação do nível dos reservatórios hidrel?tricos na ?poca. O nível atual de armazenamento dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste ? de 36,8%.

Valor Econômico

Gostou? Compartilhe!

COMENTE ESTA NOT?CIA