Confira o artigo escrito por Amanda Oliveira, Zootecnista, Doutora em Nutrição Animal e Coordenadora de Confinamento na Premix.
Figura 2: Lucro operacional líquido de animais em diferentes pesos de abate, considerando apenas as arrobas produzidas no confinamento (custo da tonelada de matéria seca) de R$ 650,00 e custo da arroba do boi gordo de R$ 155,00)
Cada vez mais, o confinamento mostra-se uma estrat?gia indispensável para tornar a pecuária mais rentável. Em todas as formas de praticar a atividade, seja como negócio ou quando avaliada como estrat?gia dentro da fazenda, um dos pontos determinantes para maior ou menor lucratividade da operação ? o ponto ideal de abate.
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No último ano, a relação de troca do boi gordo vem piorando gradativamente, sendo comum que os pecuaristas optem por abater animais mais pesados, aproveitando melhor as carcaças.
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Claro que tal decisão depende de fatores como gen?tica, nutrição, peso de entrada, custo da diária, entre outros. O importante ? sabermos que nos dias atuais temos tecnologias que nos permitem abater animais mais pesados que a m?dia observada no país, que segundo o IBGE ? em torno de 18 arrobas. A questão ?: at? quanto ? viável economicamente para o produtor aumentar o peso das carcaças produzidas?
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No cenário atual, onde o custo com alimentação tem grande impacto no custo de produção, o sucesso da operação está na busca do equilíbrio entre eficiência biológica e eficiência econômica.
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Analisando do ponto de vista t?cnico, animais mais pesados tendem a ter maior exigência e menor eficiência. Quanto maior o peso corporal, maior a exigência de energia para mantença. Isso significa que o animal mais pesado precisa comer maior quantidade de energia para manter suas atividades vitais (figura 1).
Al?m da maior exigência de mantença, já ? sabido que animais, após atingirem o máximo de deposição, apresentam menor eficiência, o que implica em maior custo. Ou seja, animais abatidos mais pesados propiciam carcaças mais pesadas, por?m com menor eficiência de ganho (Pazdiora et al., 2013).
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Se extrapolarmos as análises dos dados publicados por Pazdiora et al., 2013, para os custos de produção (R$ 650,00/tonelada de mat?ria seca) e de arroba do boi gordo (R$155,00/@) atuais, vamos ter o cenário da figura 2:
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?Apesar de a melhor eficiência biológica ser obtida com animais abatido mais leves (16,6 arrobas), a melhor lucratividade foi observada nos animais abatidos com peso de 20,6 arrobas. Essa análise nos mostra que a decisão do ponto ótimo de abate deve ser tomada considerando não só a melhor eficiência biológica, mas o custo da diária alimentar e o valor da arroba negociada. Assim, a decisão será em função da rentabilidade e não do custo mínimo de produção.
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? importante lembrar que a remuneração do pecuarista ? sobre o peso da carcaça, não do animal vivo. O pecuarista deve utilizar m?tricas que avaliem desempenho relacionadas à deposição de carcaça, e assim, terá maior assertividade na tomada de decisão.