A Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH) assinou na última sexta-feira (13), em Curitiba (PR), convênio com o Instituto AGWA Soluções Sustentáveis para recuperar o rio.
O contrato foi assinado em Curitiba, na última sexta-feira (13), durante o Workshop para implantação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs), realizado no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul.
O acordo prevê um estudo técnico para a implantação de CGHs e PCHs na Bacia Hidrográfica do Rio Taquari, principalmente para proteção da bacia e contenção de sedimentos.
De acordo com o texto, o Instituto AGWA ficará responsável por buscar apoio na comunidade local, em especial agricultores e pecuaristas. A ABRAPCH tem a missão de articular, com seus associados e empreendedores, a implantação dos empreendimentos. A região já conta com associados da ABRAPCH com eixos aprovados pela ANEEL, no aguardo de licenciamento.
Márcia Correa de Oliveira, advogada em Campo Grande-MS e uma das sócio-fundadoras do AQWA, conta como surgiu a ideia da parceria: "Pessoas que antes tinham propriedades que não eram alagas pelo rio, hoje estão totalmente alagadas. Outras tinham rio, e agora tem areia em frente à casa. Uma situação agravada ano a ano. Precisávamos ver uma forma de não piorar ainda mais", explica. "Não adianta dizer o que está errado mas não apresentar uma solução. Então vimos que é conveniente considerar que as PCHs podem melhorar aquele ambiente", acrescenta.
Benefícios
O vice-presidente da ABRAPCH, Pedro Dias, explica de que maneira as PCHs podem salvar o rio: " As PCHs e CGHs vão auxiliar as matas ciliares, a proteção do solo e proteção ambiental do Taquari na bacia mais alta. Com isso, reduziríamos os sedimentos carreados para o rio e conseguiríamos ter um rio com água. Vamos ajudar o Taquari a reviver. Um projeto ambicioso", comenta. "Vamos fazer com que a PCH seja um agente de proteção. Não apenas de geração de energia, mas também de utilização dos recursos hídricos de maneira múltipla: lazer, turismo, contenção de sedimentos e recuperação da fauna" , acrescenta.
Prejuízos históricos
O assoreamento do Rio Taquari trouxe prejuízos históricos para a região. "A lém do impacto econômico, não foi bom para a natureza, para os fazendeiros, para produção de gado, enfim, foi prejudicial sob todo ponto de vista. Chegou o momento de termos ações diminuir esses impactos", conta Terezinha Cândido, produtora rural da região do Pantanal, presidente do Sindicato Rural de Coxim-MS.