Contribuir com a melhor formação de talentos para o agronegócio regional, esse é o objetivo do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho (SRCG) que, por meio de diversas parcerias, conseguiu em apenas seis meses, revitalizar boa parte da Escola Municipal Agrícola Governador Arnaldo Estevão de Figueiredo, transformando-a em um centro de excelência e capacitação, referência para o desenvolvimento do agronegócio sul-mato-grossense
Em novembro de 2020, quando esteve pessoalmente na escola, o presidente do SRCG, Alessandro Coelho, explicou que uma das prioridades do setor é a qualificação do trabalho rural, afirmando na ocasião que, só assim, o Estado conseguirá atender todas as demandas mundiais. “Nesse primeiro momento, onde as aulas presenciais foram interrompidas devido a pandemia, as ações ficaram concentradas na infraestrutura e na reforma das áreas em que ocorrem as aulas práticas, mas nosso intuito é fazer mais”, explica Alessandro.
Dentre as ações, já foram realizadas as limpezas de 30 hectares de pasto, restando apenas 10 hectares, que estão em fase final e, posteriormente serão reformadas com sementes de silagem, além de tamani, piatã e muito provavelmente híbrido de brachiaria, auxiliando no trabalho de melhoramento genético dos animais. A escola também recebeu a doação de 30 toneladas de calcário, utilizadas para a correção do solo.
Além da bovinocultura, o projeto também está investindo na revitalizando de quatro tanques de piscicultura da instituição que, quando prontos, receberão em média 5 mil peixes, cada. A estufa de hortaliças, também recebeu atenção nesse primeiro momento, tendo uma limpeza completa em seus arredores.
“São jovens que apostam seu crescimento na agropecuária, portanto, é também responsabilidade nossa como agentes do agronegócio local, melhorar a infraestrutura, que irá nos oferecer amanhã uma mão de obra de maior qualidade. Importante ver que diversas empresas também acreditam e apostam nessa ideia, e fica registrado nosso agradecimento a todos os parceiros, que tornaram possível essas mudanças”, ressalta o presidente do SRCG.
A professora Maria Kátia Miranda da Silva, diretora há três anos da unidade, explicou que o projeto além de beneficiar na formação, também têm contribuído para deixar o ambiente mais alegre, nesse momento em que os mais de 430 estudantes, não podem frequentar a escola.
“Uma escola sem alunos é triste, mas o momento pede que seja assim. O que nos tem confortado é a certeza de que, quando os estudantes, professores e funcionários retornarem com segurança, encontrarão muitas novidades e melhorias. Nesse período sem aula presencial a escola não parou, principalmente com a chegada do Sindicato. Tenho certeza de que quando eles voltarem e verem tudo tão bonito, ficarão ainda mais estimulados para estar conosco, ainda mais com as possibilidades de desenvolverem novos projetos”, conta a diretora Kátia.
“Através do Sindicato Rural, também conseguimos finalmente começar a mexer no nosso Cadastro Ambiental Rural (CAR), apesar de ser uma exigência, a escola nunca conseguiu realizar, por ser um serviço muito caro, mas com as parcerias vamos resolver mais essa questão. Também já estamos finalizando o nosso PROACAP (Programa de Atualização do Cadastro da Agropecuária e do Estoque de Animais Bovinos e Bubalinos), agora podemos dizer que somos uma escola 100% regularizada com a parte rural”, finaliza.
Com 50% da grade curricular composto por atividades práticas, a escola tem oferecido aos alunos capacitações nos setores de suinocultura, aviário, bovinocultura, hortaliças e equinos.
O SRCG acredita que com as inovações tecnológicas, imprescindível para agropecuária moderna, se faz mão de obra qualificada e compromissada com a produção e a sustentabilidade social e ambiental.