09/06/2014 - 16:08
Suspensão de avermectinas causará prejuízo de R$ 500 milhões para setor veterinário
O produto é o mais utilizado para o controle dos parasitas internos e externos, como os carrapatos, e representa, em média, 30% do faturamento das empresas farmacêuticas nacionais que atuam no mercado veterinário.
Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul
A Associação Brasileira dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais, a ALANAC, estima prejuízo de R$ 500 milhões para o setor veterinário com a proibição da produção, comercialização e utilização das avermectinas de longa ação para uso veterinário, estabelecida pelo Minist?rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.?
O produto ? o mais utilizado para o controle dos parasitas internos e externos, como os carrapatos, e representa, em m?dia, 30% do faturamento das empresas farmacêuticas nacionais que atuam no mercado veterinário.
De acordo com o diretor executivo da entidade, Henrique Tada, a medida foi arbitrária e não ouviu os setores veterinário e pecuarista ?São mais de 60 laboratórios prejudicados, entre nacionais e multinacionais?, diz.
Segundo a ALANAC, a proibição se deu por uma decisão do governo americano, que alterou os crit?rios de determinação de resíduos, diminuindo drasticamente os limites de aceitação na carne para o consumo humano.
?O governo brasileiro ao inv?s de discutir o uso adequado do produto, optou pela radicalização, proibindo o uso destes eficientes e seguros antiparasitários. Essa medida não tem precedente em nenhum lugar do mundo?, explica.
Entre todos os países que importam carne brasileira, a participação dos Estados Unidos responde por menos de 5% das exportações brasileiras, tendo em vista que o país ? tamb?m um grande produtor, e só importa carne enlatada. Com a saída destes antiparasitários de longa ação do mercado, que protegem os animais por aproximadamente 120 dias, a maior parte dos pecuaristas ficarão sem proteger o seu rebanho adequadamente.
Apesar dos antiparasitários convencionais ainda estarem disponíveis no mercado, ficaria inviável agrupar mensalmente todos os rebanhos para aplicação do produto, já que garante proteção máxima de apenas 28 dias. A aplicação destes antiparasitários de longa ação acontece, principalmente, duas vezes ao ano, aproveitando-se da aplicação da vacina contra febre aftosa, que historicamente tem se apresentado como a maior barreira comercial para a carne brasileira.
Informações Assessoria de Imprensa ALANAC