Notícias sobre agronegócios, agricultura, pecuária e meio ambiente - 02 de Julho de 2014
27/07/2013 - 17:03

A pecuária brasileira corre perigo!

Apesar das dificuldades, é preciso seguir os bons exemplos para continuar a produzir. Confira o artigo de José Annes Marinho
Os resultados expressivos da pecuária brasileira mostram que o rebanho dobrou nos últimos 36 anos, passando de 102,5 milhões de cabeças para 204 milhões. Vocês sabem quais são os motivos? Podemos citar alguns mais eminentes: os custos elevados, a margem de retorno cada vez menor, o abate enorme de fêmeas, a falta de investimentos no setor, o mercado concentrado com poucas opções aos produtores para vendas. Esses são alguns dos problemas, al?m da pressão por terras antes utilizadas pela pecuária e agora sendo incorporadas por grãos, exatamente pelo fato do mercado estar pagando pouco por uma produção com custos elevados. ? Mas qual seria a melhor forma de escapar destes problemas? Seria investindo mais? Seria fazendo a integração lavoura-pecuária? Talvez esteja nesta última sugestão a forma de não sofrer com as intemp?ries do mercado. Alguns resultados mostram que, por exemplo, o sistema ?“Santa F??” desenvolvido pela Embrapa, gerou ganhos tanto na pecuária como na produção de grãos.

Outros sistemas utilizados com o ?“barreirão?” podem ser uma alternativa para as oscilações do mercado. ? ?Em outras ocasiões citamos que nossa m?dia de natalidade gira em torno de 56%, ou seja, para cada 100 matrizes, nascem 56 bezerros, ou seja, 44 matrizes estão comendo, bebendo a custa do pecuarista. Esse ? um grande desafio aos produtores: melhorar o controle do rebanho para que os resultados cheguem aos patamares de 80%, números exemplares nas condições brasileiras e plenamente factíveis. Mas ? claro: com planejamento. ? Os sistemas utilizados como exemplo demonstram o que o pecuarista mais deseja: redução do período dos animais nas pastagens, ganho de peso e menor tempo, manutenção dos parâmetros químicos e físicos do solo, como consequência a redução do tempo para abate dos animais em 50%, ou seja, de 20 a 22 meses, para estarem com 450 kg. ? Mas não podemos deixar de pensar que tudo isso ? viável. Os exemplos estão aí para serem seguidos e melhorados. As manifestações que estão ocorrendo no país nos mostram que ? possível: com muito trabalho, esforço e dedicação podemos ter melhores resultados. ? ?

O que não podemos esquecer ? que a pecuária corre perigo. Produtores estão vendendo suas áreas, arrendando e/ou at? mesmo abandonado à atividade. Os exemplos são vivos: falta de bezerros, falta de matrizes, mas e o preço? Pelo visto continua praticamente o mesmo! Esse ? um fator determinante para mantermos a motivação dos pecuaristas, mas não podemos esquecer que se as mudanças não surgirem, a pecuária brasileira corre perigo, irá definhar. A hora para mudar ? agora, mas precisamos de união para que isso venha a ocorrer! O perigo está batendo na porta do setor pecuário. ?

Jos? Annes Marinho ?? Engenheiro Agrônomo, Gerente de Educação da Associação Nacional de Defesa Vegetal
Gostou? Compartilhe!
COMENTE ESTA NOT?CIA
CURTIU O NOT?CIAS DA PECU?RIA?
MAIS NOT?CIAS
27 de Julho de 2013
15:06
14:18
10:25
09:19
08:10
Publicidade
Publicidade
ACOMPANHE NO FACEBOOK
Notícias da Pecuária - Todos os direitos reservados 2014.