Notícias sobre agronegócios, agricultura, pecuária e meio ambiente - 27 de Julho de 2014
15/03/2014 - 15:03

Setor sucroenergético esbarra no custo logístico

O estado de Mato Grosso do Sul apresenta fatores positivos que colaboram para o desenvolvimento do setor sucroenergético, como solo favorável para o cultivo, bons rendimentos agrícolas, custo de arrendamento menor e áreas propícias para mecanização, com topografia plana e espaços amplos.
Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul
Ampliar
Cana de Açúcar
Mas, a localização do Estado em relação aos principais portos brasileiros ? um obstáculo. A opinião ? de Alexandre Figliolino, atual diretor de agronegócios do Itaú BBA, que no dia 20 de março ministrará palestra na 2ª edição do Canacentro.

"O maior gargalo desta cadeira produtiva ?, sem sombra de dúvidas, o problema que o Estado apresenta com o custo logístico, devido o distanciamento em relação aos portos de Santos e Paranaguá", explica o especialista. Com o tema 'Situação Financeira e Econômica do Setor', Figliolino detalhará os pontos negativos e positivos para o mercado a curto e m?dio prazo.

Segundo o especialista, al?m desse entrave logístico, o clima tamb?m ? preocupante, com estiagem em alguns meses do ano atrapalhando o desenvolvimento da cana-de-açúcar, chuvas em excesso prejudicando o período de colheita e a geada. Mesmo com todos esses obstáculos, o Estado ? considerado estrat?gico na produção nacional.?

Figliolino alerta para que o mercado continue competitivo as indústrias trabalhem na redução do custo unitário e invista em tudo o que for viável economicamente. "? hora de escolher o manejo varietal correto, ou seja, as sementes mais adaptáveis, investir na qualificação de mão-de-obra e ficar atento ao planejamento na hora de plantar e colher", destacou.

No âmbito nacional, o diretor explica que este mercado produtivo tem enfrentado problemas com ?o clima, levando a produção do Centro-sul a um total de 570 milhões de toneladas na atual temporada, com queda de 8% em relação a anterior, quando a colheita ficou em 620 milhões de toneladas. "A produtividade da cana-de-açúcar nesta região cairá de 85 toneladas para 78 toneladas por hectare. Essa queda influenciará negativamente para o setor, pois não há redução de custos".

Os dois únicos elementos que pesam positivamente para o equilíbrio da cadeia produtiva a curto prazo, de acordo com o analista, são os preços valorizados do açúcar no mercado internacional e a taxa de cambio positiva para as negociações internacionais. "No longo prazo teremos uma manutenção neste desequilíbrio entre a oferta e a demanda, elevando os preços da commodity", relata.

No caso do etanol e da energia o que falta para melhorar estas duas áreas são políticas publicas direcionadas. "No caso do etanol, a forte intervenção política vem interferido na produção de etanol hidratado que tende a desaparecer e a sobrevivência do etanol aditivo só tem espaço no mercado por ser um excelente aditivo da gasolina". Fligiolino alerta que se Governo investir na produção de energia utilizando biomassa obtida por meio do bagaço da cana, a produção da commodity teria maior competitividade.?
Gostou? Compartilhe!
COMENTE ESTA NOT?CIA
CURTIU O NOT?CIAS DA PECU?RIA?
MAIS NOT?CIAS
Publicidade
Publicidade
ACOMPANHE NO FACEBOOK
Notícias da Pecuária - Todos os direitos reservados 2014.