21/03/2014 - 14:29
Preço da carne teve aumento de 25%
Com o consumo em alta e a produção baixa, a tendência é que os valores continuem subindo.
Acervo Notícias da Pecuária
O preço de alguns cortes de carne ficou at? 25,55% mais caro em fevereiro de 2014, em comparação com o mesmo período de 2013. Segundo o Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas e Sociais), mantido pela Universidade Anhanguera-Uniderp, o quilo do peito bovino era comercializado a R$ 9,53 e passou custar R$ 11,96 no mês passado.
Entre janeiro e fevereiro, o IPC/CG (?ndice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), que mede a inflação na Capital, apontou alta de 1,79% no preço. O preço do quilo do patinho passou de R$ 14,12 para R$ 16,96, o que representa alta de 20,13% em 12 meses.?
Para Walfrido Barros, dono do açougue Delícia Carnes, no bairro São Francisco, o aumento dos preços já reflete no desaquecimento do consumo. Barros aponta a queda da oferta como uma das principais causas para encarecer os custos. ?Outras atividades como o plantio de cana-de-açúcar e eucalipto disputam espaço com a pecuária e aumentaram a importação de carne para países como os Estados Unidos?, explica o empresário. Barros garante que os proprietários fazem o possível para segurar os preços. ?O dono do açougue não ? o vilão, o frigorífico tamb?m paga mais caro e repassa essa alta no preço?.?
De acordo com Barros, a qualidade do produto e o atendimento são as principais armas para manter as vendas. Consumidores sentem preço no bolso e optam por alternativas Entre os consumidores a opinião ? unânime de que comprar carne tem pesado no bolso. ?Eu compro carne toda semana e esse aumento tem sido gradual. A gente mant?m o consumo, mas diminui a quantia ou tenta outras opções?, explica Tânia Martins, dona de casa.?
Comprar a carne direto do produtor foi a opção encontrada pela família da dona de casa Edir Carrilho para economizar. ?Eu já tive chácara e tamb?m fazia o abate, agora eu compro direto do proprietário?, explica. Na lista de campeões nas altas de preços estão cortes como o lagarto (15,23%) e a picanha (12%).