Notícias sobre agronegócios, agricultura, pecuária e meio ambiente - 25 de Julho de 2014
06/07/2013 - 15:13

Não é a gordura da carne vermelha a responsável por doença cardíaca

A afirmação é do cirurgião vascular, Wilson Rondó Jr.
Redação
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A gordura saturada encontrada principalmente na carne e nos laticínios tem sido regularmente avaliada por m?dicos e pela mídia. Mas, uma nova análise de estudos publicados não encontrou nenhuma correlação clara entre pessoas que consomem gordura saturada e o risco cardiovascular.

A demonização da gordura saturada começou em 1953 quando o doutor Ancel Key publicou um artigo comparando a ingestão de gordura e a mortalidade por doença cardíaca. Aí começava a expulsão equivocada da gordura saturada das dietas.

A ideia de que a gordura saturada ? ruim para o coração se tornou tão impregnada na comunidade m?dica que ningu?m questiona esse dogma.

Por?m, as coisas estão mudando e, atualmente, muitos profissionais já conseguem entender que a grande vilã dessa história ? na verdade a gordura trans encontrada em margarinas e óleos vegetais parcialmente hidrogenados.

Durante anos os pesquisadores têm falhado repetidamente ao achar qualquer associação entre gordura saturada e doença cardíaca, conforme o Dr. Keys havia pensado ter descoberto.

A última analise juntou 21 estudos que incluíam 348 mil pessoas e, mais uma vez, não encontrou correlação entre hábitos alimentares ?– consumindo muita ou pouca gordura saturada ?– com doença cardíaca.

Carboidratos são os causadores de obesidade e doença cardíaca, e a não gordura.

O que os estudos têm mostrado ? que o risco de doença cardíaca aumenta na presença de açúcar e carboidratos refinados, como pastas e pães.

O consumo excessivo de carboidratos refinados leva a:
- piora da resistência à insulina;
- aumento dos triglic?rides e LDL colesterol;
- redução do HDL colesterol (bom colesterol).

Confundindo os fatos sobre gordura saturada

Parte da confusão científica ocorreu pelo fato de se interpretar que todas as gorduras saturadas são iguais, o que não ? verdade. Existem dois tipos de gordura saturada: as boas e as ruins.

Nesses estudos não foram diferenciadas as gorduras saturadas (boas) com a gordura trans (ruim), pois se tivessem feito essa diferenciação os resultados não mostrariam essa associação gordura saturada x doença cardíaca.

Os diferentes tipos de gordura

Você pode, a gordura em quatro grupos distintos:
1. ? ?Gordura saturada - proveniente de animais e óleos tropicais (coco e palma);
2. ? ?Gordura monoinsaturada - como óleo de oliva;
3. ? ?Gordura poliinsaturada - como ácidos graxos ômega 6 e ômega 3;
4. ? ?Gordura trans - como margarina e óleos parcialmente hidrogenado.

Fontes de gorduras saudáveis incluem

- ?“leo de oliva e olivas;
- ?“leo de coco e coco;
- Castanhas como amêndoas e nozes
- ?“leo de palma;
- Abacate;
- ?“leo de nozes não aquecido;
- Carne de animal criado em pasto;
- Ovos orgânicos (gema);
- Manteiga produzida a partir de leite de vacas criadas em pasto.

Se a gordura saturada não tivesse nenhum valor, ou fosse mal?fica para você, por que, então, o leite materno tamb?m não seria questionado? Afinal de contas, ele tamb?m possui essa gordura (ácidos butírico, caproíco, caprílico, láurico, mirístico, palmítico e esteárico). Fato ? que ele ? extremamente importante e suporte para o crescimento, desenvolvimento e sobrevivência das crianças. Viu só?

Gordura saturada ? essencial! Entre os muitos benefícios que ela proporciona podemos citar:

- componente principal da membrana celular;
- combustível preferido do coração;
- ação antiviral (ácido caprílico);
- efetivo agente anticáries, antiplaca e antifúngico (ácido láurico);
- reduz o colesterol (ácido esteárico e palmítico);
- fornece fonte de energia na sua dieta;
- produção hormonal;
- permite a assimilação das vitaminas lipossolúveis A, D, E e K;
- permite a conversão de caroteno em vitamina A;
- prevenção de câncer (ácido butírico).

Sendo assim, ? melhor considerar dar uma chance à gordura saturada em sua dieta. Você só tem a ganhar!

* Wilson Rondó Jr. - Iniciou sua carreira como cirurgião vascular, tendo trabalhado como residente na Clinique du Mail La Rochelle, na França. Dedicou-se especialmente à Medicina Preventiva Molecular, especializando-se em Terapias Antioxidantes pelo The Robert W. Bradford Institute, nos EUA e no Regenerations Zentrum Dr. Kleanthous Embh (Heideberg) na Alemanha. Graduado pela Faculdade de Santo Amaro em 1983. ? membro e diplomado pelo American College of Advancement in Medicine.
Pertence ainda a diversas outras instituições no Brasil e no Exterior.

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