Notícias sobre agronegócios, agricultura, pecuária e meio ambiente - 17 de Julho de 2014
16/06/2014 - 09:02

Mundial atrasa acordo entre produtores rurais e indígenas

Foi realizada na última sexta-feira (13), em Brasília (DF), reunião entre representantes dos produtores rurais da região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti (MS), do Ministério da Justiça, do Incra e da Funai.
Por?m nada foi definido. Integrantes da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul - Famasul - divulgaram uma nota de repúdio sobre o desfecho da reunião que, foi novamente adiada, devido à realização da Copa do Mundo no Brasil.

Confira abaixo a nota de repúdio na íntegra:

"O desfecho da reunião entre representantes dos produtores rurais da região de Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti (MS), do Minist?rio da Justiça, do Incra e da Funai estarrece o setor produtivo e mostra ?– mais uma vez - o descaso da União ?para com a questão s?ria e delicada dos conflitos gerados pelas invasões a propriedades privadas no Brasil. A postergação do final das negociações para depois do início da Copa do Mundo ?– ultrapassando o prazo estabelecido pelo Governo Federal - foi uma manobra premeditada para desviar o foco e um desrespeito aos produtores, cidadãos brasileiros, que vivem a violência de terem suas propriedades invadidas e a insegurança da constante ameaça de novas invasões.?
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Cumprindo etapa prevista no modelo de negociação estabelecido pelo Minist?rio da Justiça, os proprietários da área vizinha à Aldeia Buriti - pretendida pela comunidade indígena para expansão da aldeia ?– contrataram uma assessoria t?cnica para identificar o valor venal das propriedades envolvidas. Atendendo solicitação do Minist?rio, os produtores apresentaram um contra laudo com documentos e avaliações detalhadas das propriedades, corrigindo a superficialidade e imprecisão da avaliação apresentada anteriormente pelo Incra e Funai.
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Em reunião realizada na última quarta-feira (11), representantes do Incra e da Funai ?pediram uma nova reunião para sexta-feira (13) ?– depois do início da Copa do Mundo - com objetivo de tratar dos detalhes do fechamento da negociação. Surpreendentemente, os representantes do Governo Federal não acolheram o contra laudo apresentado alegando ser uma avaliação de empresa privada.
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? inadmissível que os representantes do Governo Federal recusem um documento que o próprio Minist?rio da Justiça recomendou e que demandou tempo, esforço e recursos para ser elaborado!
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Confiantes do fechamento do acordo - ainda que o valor apontado no laudo não atendesse ao valor de mercado das propriedades levantado inicialmente - os produtores não contavam com a manobra calculada dos órgãos do Governo Federal, demonstrando a falta de seriedade na condução das negociações e a ausência de vontade política de encontrar uma solução que seja justa para todos".
Com informações Famasul
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