20/01/2014 - 14:02
Mato Grosso do Sul busca status de área livre de aftosa
Governo do Estado está contestando que Mato Grosso do Sul passe a ser considerado internacionalmente como área livre de febre aftosa.
Lilian Andréia
A carta proposta foi encaminhada para o Ministério da Agricultura, como pedido de encaminhamento para apreciação da Organização Mundial de Saúde (OIE) na reunião que será realizada em maio. Mato Grosso do Sul hoje é dividido em duas áreas, por causa da Zona de Fronteira, onde municípios fazem divisa com países vizinhos (de Corumbá Mundo Novo), essa região já foi considerada Zona de Alta Vigilância (ZAV) por conta dos focos de aftosa, porém desde 2011 recebeu status internacional de livre de febre aftosa com vacinação, tornando-se igual ao resto do Estado.
De acordo com Tereza Cristina Corrêa, secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, Produção e Turismo (Seprotur), “Mas ainda assim a carne de fronteira tem algumas restrições de mercado, como a venda para a União Europeia. O nosso objetivo é que o Estado passe a ser uma só zona, livre de aftosa e sem restrições para comercialização”.
O pedido ganha força por causa do aumento da vigilância na faixa de fronteira, com a implantação do sistema eletrônico de rastreamento dos bovinos em mais de 800 mil cabeças, por meio de um brinco com chip que permite um monitoramento seguro e sem fraudes.
Esse investimento custou cerca de R$ 27,9 milhões em atendimento as exigências do acordo com a OIE para conquista do status livre de aftosa para zona fronteiriça. No documento encaminhado à União, a secretaria pede que uma equipe do Ministério visite pessoalmente a região de fronteira para avaliar o sistema eletrônico de rastreamento e levar as considerações para OIE, na reunião em maio.
Por meio de assessoria o Ministério da Agricultura afirmou ainda não ter informações sobre a questão. Élvio Cazola, chefe do serviço de saúde animal da superintendência do órgão, disse que uma visita à área está prevista, mas não informou a data.