Cem mil habitantes do semiárido brasileiro já são beneficiadas pelo Programa ?gua Doce, a meta agora é beneficiar 480 mil.
Divulgação - Ministério do Meio Ambiente
As 120 famílias da comunidade rural de Timbaúba, município de Cacimbinhas, sertão de Alagoas, agora têm, diariamente, 5 mil litros de água de boa qualidade para beber e preparar os alimentos. ? o caso de Reginaldo Amorim, 26 anos, e Maria do Socorro Ribeiro, 74, a matriarca de três gerações de moradores da comunidade que, há dois anos, retiram o sustento das possibilidades oferecidas pelo sertão por meio dos benefícios proporcionados pelo Programa ?gua Doce.
A ação do governo federal ? coordenada pelo Minist?rio do Meio Ambiente (MMA) em parceria com diversas instituições federais, estaduais, municipais e entidades da sociedade civil organizada. O objetivo ? resolver o problema de falta de água potável de qualidade para as populações de regiões áridas do Nordeste do país.?
Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente, em visita à Cacimbinhas para ver como o projeto implantado estava funcionando, destacou a importância de assegurar a água de qualidade. ?? muito barato, al?m de evitar os outros custos com a degradação ambiental, terra assoreada, perda de economia local, custo com saúde por beber água sem qualidade, a doença, e ? importante assegurar a água boa, porque se assegura, ainda, um novo modo de viver?, explicou a ministra.
Baixo custo:
Atualmente, o Programa ?gua Doce já beneficia 100 mil moradores do semiárido brasileiro de 150 localidades, a primeira experiência foi implantada no Rio Grande do Norte em 2005 e está funcionando muito bem, assegurou Renato Saraiva Ferreira, coordenador nacional do Programa ?gua Doce no MMA.
A expectativa ? contemplar, ao todo, 480 mil pessoas no Brasil, espalhadas por comunidades rurais dos estados de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Ceará, Bahia, Piauí, Pernambuco e Minas Gerais. Os 24 sistemas de dessalinização entregues nesta semana custaram R$ 2,2 milhões e vão beneficiar 24 comunidades de 12 municípios do estado. Apenas na zona rural de Santana do Ipanema a água potável de qualidade vai atender às necessidades de 8,3 mil pessoas. A iniciativa foi viabilizada por convênio firmado entre o MMA e a Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Alagoas. As ações se desenvolvem na Bacia do Rio Traipu.
Segundo o coordenador nacional do Programa, o processo de dessalinização ? uma alternativa ambiental capaz de reduzir os impactos dos rejeitos com o meio ambiente. ?A unidade ativa de Cacimbinhas, por exemplo, ? fruto de um acordo de gestão firmado com a comunidade, capacitada a operar todo o sistema, que ? completo e o mais sustentável possível?, finalizou Renato Ferreira.