20/01/2014 - 13:30
Mortes de animais diminuem com o uso de radares nas rodovias
Radares em estradas sul mato grossense diminuem quantidade de acidentes com animais silvestres.
Lilian Andréia
Os radares instalados na BR-262 entre Anastácio e Corumbá, via de entrada para o Pantanal, diminuiu pela metade o índice de atropelamento de animais (onde muitos animais desse bioma circulavam),se comparado com o anos anteriores quando cerca de três bichos eram mortos por atropelamento em dois dias. Esse trecho hoje em dia conta com aproximadamente vinte redutores de velocidade.
A pesquisa que acompanha o número de morte de animais silvestres por atropelamentos ocorre desde 1990 quando eram registrados quatro mortes por dia. Hoje a pesquisa é acompanhada pelo Instituto Tecnológico de Transporte e Infraestrutura (ITTI) em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFP), que desenvolve o Programa de Monitoramento de Atropelamentos de Fauna na BR-262 desde 2012.
O engenheiro ambiental Eduardo Mattos, do ITTI já chegou a registrar a morte de 610 animais entre eles serpentes, tamanduá-bandeira, veados, tamanduá-mirim, quatis, capivaras e aves vitimas de atropelamentos na BR-262. Mattos não arriscou uma percentagem, mas estima que as mortes ‘caíram mais da metade.’
Com esses dados o engenheiro ambiental do ITTI convenceu a agência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), responsável pela estrada, a instalar os dispositivos de proteção à fauna como os radares em trechos da BR, especialmente entre Miranda e Corumbá, onde havia mais ocorrências de acidentes. O ITTI sugeriu ainda a instalação de telas e corte da vegetação mais densa que atrapalhava a visibilidades dos motoristas.